NOTÍCIAS

UltraCheese cresce 22%, e receita da empresa chega a R$ 890 milhões

Mesmo em um ano marcado pelo forte aumento dos preços dos derivados lácteos, a brasileira UltraCheese, do fundo Aqua Capital – que também controla Agrogalaxy e Biotrop, entre outras empresas do segmento agrícola -, viu seu faturamento crescer 22% em 2022. Com o avanço, a receita alcançou R$ 890 milhões, disse Edson Martins, CEO da companhia, ao Valor.

Em sua primeira divulgação de resultados anuais, a empresa informou que seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 95% em 2022, ano em que o encarecimento do leite cru e de outras matérias-primas espremeu as margens ao longo da cadeia.

A companhia conseguiu alcançar bom desempenho após colocar em prática uma série de mudanças, disse Martins. “Trabalhamos em três frentes: eficiência operacional, revisão de portfólio e da área de formação de preços”, resumiu o executivo, que percorreu trajetória na Laticínios Tirol antes de chegar à UltraCheese.

A primeira das frentes de trabalho contou com um aporte de R$ 60 milhões – os desembolsos nas quatro fábricas da companhia, localizadas em Santa Catarina, São Paulo, Goiás e Minas Gerais, ocorreram ao longo de dois anos. Com a troca de equipamentos e ganho de tecnologia, uma das mudanças possíveis foi transformar alguns produtos.

A modernização da infraestrutura ajudou na eficiência operacional “da porta para dentro” e veio acompanhada de ajustes de portfólio e marcas. A companhia é dona das marcas Cruzília, Itacolomy, Lac Lélo e Búfalo Dourado, compradas de empresas familiares. Os carros-chefes são queijos, manteigas e requeijões.

“A Itacolomy é goiana, forte no Norte e Nordeste, e passou a carregar a Cruzília”, disse. Em outras palavras, depois de encomendar estudos sobre aceitação das marcas no Centro-Norte, a empresa passou a comercializar a Cruzília, forte no Sudeste, na mesma região. A companhia também retirou cerca de 70 produtos do portfólio total.

Martins conta que a Lac Lélo, desconhecida nas regiões Norte e Nordeste, não teve a mesma aceitação da mineira Cruzília. Mas alguns itens de seu portfólio, como requeijão e queijo fatiado, foram lançados com a marca Itacolomy. Já no Sul, onde a Lac Lélo é famosa, Cruzília e Búfalo Dourado – que atende nicho, como a categoria de burratas – passaram a ganhar mais espaço nos negócios.

Esse movimento é crucial num cenário em que não se espera expansão significativa do mercado, e no qual o ganho se dá com o “roubo” de clientes da concorrência, afirmou o executivo.

Ele conta que a área de “pricing” (formação de preço) ganhou agilidade em 2022, quando passou a responder diretamente à presidência. Martins explica que negociações com o varejo para repasse de preços agora têm outra dinâmica – agora, a companhia antecipa essa discussão com as grandes redes, que demoram mais para aceitar reajustes.

A modernização da infraestrutura ajudou na eficiência operacional “da porta para dentro” e veio acompanhada de ajustes de portfólio e marcas. A companhia é dona das marcas Cruzília, Itacolomy, Lac Lélo e Búfalo Dourado, compradas de empresas familiares. Os carros-chefes são queijos, manteigas e requeijões.

“A Itacolomy é goiana, forte no Norte e Nordeste, e passou a carregar a Cruzília”, disse. Em outras palavras, depois de encomendar estudos sobre aceitação das marcas no Centro-Norte, a empresa passou a comercializar a Cruzília, forte no Sudeste, na mesma região. A companhia também retirou cerca de 70 produtos do portfólio total.

Martins conta que a Lac Lélo, desconhecida nas regiões Norte e Nordeste, não teve a mesma aceitação da mineira Cruzília. Mas alguns itens de seu portfólio, como requeijão e queijo fatiado, foram lançados com a marca Itacolomy. Já no Sul, onde a Lac Lélo é famosa, Cruzília e Búfalo Dourado – que atende nicho, como a categoria de burratas – passaram a ganhar mais espaço nos negócios.

Esse movimento é crucial num cenário em que não se espera expansão significativa do mercado, e no qual o ganho se dá com o “roubo” de clientes da concorrência, afirmou o executivo.

Ele conta que a área de “pricing” (formação de preço) ganhou agilidade em 2022, quando passou a responder diretamente à presidência. Martins explica que negociações com o varejo para repasse de preços agora têm outra dinâmica – agora, a companhia antecipa essa discussão com as grandes redes, que demoram mais para aceitar reajustes.

O executivo acredita que 2023 será similar ao ano passado. O cenário econômico por ora não é dos mais claros, mas a companhia quer seguir adotando a fórmula que pôs em prática em 2022. Neste ano, a empresa projeta faturamento acima da marca de R$ 1 bilhão.

Gostou do conteúdo? Compartilhe!

Conheça o Brustolin Advogados

Preencha o formulário ao lado com seus dados para receber nossa lista de clientes em seu e-mail.

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias para melhorar a sua experiência em nosso site de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.